quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pentagrama


É um dos símbolos pagãos mais utilizados, pois representa os quatro elementos (fogo, ar, terra e água) coordenados pelo espírito.
O pentagrama possui uma simbologia múltipla, fundamentada no número 5, que simboliza a união dos desiguais. As cinco pontas colocam em união o feminino simbolizado pelo número 2 e o masculino, simbolizado pelo número 3. O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. É a forma mais simples de estrela, devendo ser traçada com uma única linha, sendo chamado de “Laço Infinito”.
Atualmente muitas pessoas usam o pentagrama como um símbolo de sua religião e sua fé ou como amuleto de proteção. Para alguns, pentagrama é conhecido também como estrela do microcosmo, que simboliza o mago dominando o espírito sobre a matéria, inteligência sobre instintos, mente sobre o corpo.
Na Wicca, é um dos símbolos da Deusa, sendo usado para consagrar instrumentos e como o ponto central do altar.
O pentagrama simboliza também os cinco estágios da vida do homem: Nascimento, Infância, maturidade, Velhice e Morte.
Porém, as associações feitas ao pentagrama evoluíram durante a história. Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia a todos os cantos do mundo. Entre os Hebreus simbolizava o Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés).
Na Grécia antiga, era conhecido como Pentalpha, composto por cinco As. Os pitagóricos consideravam o pentagrama um emblema de proporção. A geometria do pentagrama ficou conhecida como “A Proporção Dourada”, que ao longo da arte pós-helênica pôde ser observada nos projetos de alguns templos.
Para os agnósticos era chamado de “Estrela Ardente”. Para os druidas, era um símbolo divino, no Egito era um símbolo do útero da terra. Os celtas atribuíam o símbolo á Deusa Morrighan.
Os primeiros cristãos associavam o pentagrama ás cinco chagas de Cristo. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
Na época medieval, o pentagrama era símbolo da verdade e de proteção contra demônios. Era usado como amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas.
Porém, durante a Inquisição, devido promulgação de muitas mentiras e acusações feitas pela Igreja, pentagrama começou a ser visto como a simbologia da cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet. Outros deuses cornudos como Pan e Cernunnos também foram chamados de Diabo. O pentagrama foi associado ao mal e as velhas religiões caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e assim foi por séculos.
Mas com o fim da Inquisição, o uso do pentagrama aos poucos foi voltando, graças á algumas tradições que foram surgindo, entre elas a Wicca. Por volta de 1960, pentagrama ganhou força novamente como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, o que causou preocupação na Igreja. Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento da “Igreja de Satanás” por Anton La Vey, que adotou o pentagrama invertido como símbolo. Como reação, a Igreja transformou o pentagrama invertido ou não em símbolo do diabo (de novo). Apesar disso, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, simbolismo e perfeição, até os dias de hoje. O pentagrama é o símbolo da criação mágica, suas origens estão perdidas no tempo.

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