domingo, 22 de agosto de 2010

Tarot e Previsões


O Tarot é um oráculo que nos permite acessar questões inconscientes e saber mais sobre acontecimentos passados e possibilidades futuras. Em uma consulta de Tarot, podemos entender melhor nosso momento, o que estamos vivendo e como estamos diante dos acontecimentos, além de termos acesso a acontecimentos passados que ainda nos influenciam neste momento e podermos perguntar sobre temas futuros.

Quanto mais objetivos somos ao perguntar, mais claras tendem a ser as respostas. Porém, o quanto estas respostas são precisas e quanto de certeza aquilo que estamos vendo nas cartas vai acontecer de fato são questões importantes e pertinentes.

Muita gente pergunta qual a porcentagem de acerto que o Tarot tem e daquilo que ele diz realmente acontecer. Na minha opinião, ele mostra o que tende a acontecer se não fizermos nada para mudar, isso porque mostra o que está ocorrendo neste momento e para onde nossos passos nos conduzirão dentro desta energia. Por isso, apesar de algumas vezes as suas lâminas (cartas) mostrarem acontecimentos ainda distantes, considero que são previsões para o curto prazo. Além disso, se formos fatalistas ao fazer uma previsão, estamos desconsiderando que a pessoa tenha um mínimo de livre arbítrio para mudar seu destino ou, pelo menos, para vivenciá-lo de forma melhor.

Desta forma, prefiro encarar as previsões do Tarot como tendências, como orientações. Acho que ele nos mostra caminhos, respostas, soluções, saídas. Ele nos aponta melhores opções, nos dá conselhos. Permite que vejamos como são os caminhos quando há mais de uma opção, para que possamos assim decidir de forma mais consciente e de acordo com as possibilidades ali presentes. Acho que este é o grande papel do Tarot, na figura do tarólogo: orientar, mostrar possibilidades, trazer à luz o que está oculto, permitir a visualização dos caminhos. Mas nunca decidir por nós.

É uma grande responsabilidade para o tarólogo decidir por um cliente o que ele deve ou não fazer. É uma interferência muito grande na vida de outra pessoa e gera uma carga de responsabilidades pelas escolhas alheias. Só que é comum as uma pessoa vir em busca de respostas e decisões ditadas pelos tarólogos, como uma forma de escolher sem se comprometer, seja por insegurança ou para simplesmente não ter que assumir a responsabilidade pelas consequências de suas ações.

O fato é que sempre esperamos respostas da vida e muitas vezes colocamos todas nossas expectativas nas cartas do Tarot. Até podemos ter estas respostas em uma leitura, mas é preciso avaliarmos o quanto as lâminas estão apenas nos orientando ou realmente dizendo para fazermos alguma coisa. Por isso é preciso ter sensibilidade ao interpretar as cartas, verificar qual o conselho, qual a mensagem que está ali inserida. E observar esta mensagem como uma possibilidade, como uma tendência. Ser fatalista e determinista nos coloca na posição de bonecos do destino, sem a liberdade de fazer escolhas e encontrar novas alternativas. Ainda assim, o Tarot tende a apontar para a direção correta, a mostrar o que de fato irá acontecer se não mudarmos a rota até lá: mudanças que são possíveis através de autoconhecimento, reflexões, atitudes etc.

Quando sabemos o que vai acontecer, nos preparamos para o evento. Por exemplo, se as cartas nos dão uma boa notícia, de que temos alguém especial para conhecer, ou uma oportunidade profissional, ficaremos de olhos mais abertos, mais atentos e podemos até ter dicas importantes sobre como e onde aquilo pode se realizar. Ao contrário, quando temos uma notícia ruim, de que um acidente pode acontecer, sabendo com antecedência e de que forma isso poderia se realizar, nos preparamos melhor, tomamos alguns cuidados, somos mais cautelosos e, com isso, até conseguimos evitamos que aquilo venha a ocorrer.

Esta é uma das grandes vantagens de prever o futuro: nos preparamos melhor para ele. Assim, aproveitamos melhor as oportunidades e vivemos melhor os desafios. Podemos ainda acelerar acontecimentos e evitar dificuldades. É possível utilizar o Tarot para saber mais também sobre o presente, as nossas questões pessoais e os sentimentos. Passamos a nos compreender melhor, temos mais consciência do que sentimos, do quanto uma determinada questão ou relação vale a pena ou não. Enfim, podemos entender melhor o que se passa e o que devemos fazer.

Voltando à questão do acerto, quanto maior a consciência de si e do que se passa ao redor, mais podemos mexer no destino. Por isso, quanto maior o autoconhecimento, maior a possibilidade de mudanças e diferenças entre aquilo que foi previsto e aquilo que de fato pode acontecer. De qualquer forma, em termos de orientação e tendências, ele sempre nos mostrará o caminho certo, indicará a melhor direção a seguir e nos orientará em relação ao que o futuro promete para nós.

Fonte: Yahoo.com.br

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